A CASA DA PRAIA
"Que estranho interesse haveria nos visitantes do além ou de outras dimensões em nosso mundo?
Porque essas estranhas criaturas perturbam pessoas nos mais diversos lugares?
Seria um aviso para não perturbar onde normalmente eles visitam, ou o que seria?"
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Bom, tenho 18 anos e isso aconteceu a mais ou menos 4 anos.
Minha tia tem uma casa no litoral de São Paulo, que fica em um condominio fechado no meio da mata, (lá os moradores só podem desmatar a área que for contruir) então a casa tem um quintal enorme e coberto por árvores de todo tipo, cercado por um muro que separa a casa dela das outras.
Lá não tem postes de luz, o que faz ficar um breu a noite, só as casas tem energia elétrica.
Não fui muito pra lá, mas as poucas que eu fui, nunca me senti bem.
Chegava lá e já me sentia muito estranha, e o mesmo acontecia com a minha mãe.
A casa possui 3 quartos, e as janelas dos mesmos dão para o quintal.
Pois bem, a penúltima vez que fomos pra lá, dividimos o primeiro quarto, eu, minha mãe e minha irmã, sendo que meu pai ficou no segundo e a minha tia no terceiro. Minha avó dormiu na sala.
Em uma dessas noites eu e a minha irmã ficamos conversando até tarde (2 da manhã), e todos na casa já estavam no décimo sono, pois acordávamos cedo pra aproveitar melhor a praia.
Nisso a gente escuta ruídos vindos do quintal, pareciam passos de alguém com botas, dava pra ouvir muito bem, porque uma parte do quintal é de pedrinhas, e os passos iam de um lado a outro, passando pela nossa janela, ia e voltava, e todas as vezes que passava pela nossa janela sentiamos que o que quer que fosse parava e depois de uns 5 segundos continuava, fez umas 3 vezes esse trajéto e eu e minha irmã estavámos congeladas.
Então
quando aquilo parou na última vez na frente da nossa janela deu um soco ou atirou algo que fez um barulho muito alto, que se a janela não fosse de uma madeira tão forte teria quebrado, mas por incrivel ninguém acordou com o barulho, nem mesmo a minha mãe que estava no quarto se mexeu.
Eu e minha irmã estávamos petrificadas e passou de tudo pela nossa cabeça, pensamos até que fosse um ladrão.
Depois disso ouvimos o som da rede que tem na varanda balançando bem devagar e ouvimos um vaso de flor da minha tia caindo no chão e quebrando, tudo ao mesmo tempo, depois os passos continuaram e depois pararam por completo.
Foi dificil dormir aquela noite, inclusive a minha irmã, que tinha a cama encostada do lado da janela, onde a coisa estava passando do outro lado.
No dia seguinte, fomos as primeiras a levantar e corremos no quintal ver se achavamos o vaso quebrado, ou marca da batida na janela, mas NADA, absolutamente NADA, a janela estava intacta, e no chão nenhum caco.
Depois que todos levantaram perguntamos pra minha avó e minha mãe se tinha escutado algo na noite anterior, e elas disseram que não.
Perguntamos depois pra minha tia, que não quis conversar sobre, dizendo que era o jardineiro, mas sabemos muito bem que o jardineiro não vai lá de noite, muito menos de madrugada, ele trabalha lá uma vez por semana, e mora muito longe, outra cidade. Não sabemos o motivo até hoje da minha tia querer mudar tão rápido de assunto e a cara dela ter ficado tão branco de repente. Será que ela sabia de alguma coisa?
Essa foi a única coisa que aconteceu lá, por enquanto, e espero que não aconteça mais nada de anormal, as vezes eu imagino o que veria se abrisse a janela aquela noite, mas não tive coragem o suficiente, mas sei que o que estivesse lá fora não era bom.
Aline - Sorocaba - SP - Brasil